Artrite reumatóide

O que é?

É uma doença reumática inflamatória crónica de etiologia desconhecida.

Ocorre em todas as idades e apresenta, como manifestação predominante, o envolvimento repetido e habitualmente crónicodas estruturas articulares e periarticulares. Pode, contudo, afectar o tecido conjuntivo em qualquer parte do organismo e originar as mais variadas manifestações sistémicas.

 

Quando não tratada precoce e correctamente, a artrite reumatóide acarreta, em geral, graves consequências para os doentes, traduzidas em incapacidade funcional e para o trabalho.

Tem elevada mortalidade na população em geral.

Sintomas:

Perda de peso, perda de apetite, febre, dores fortes em todo o corpo e principalmente em mãos e pés que aliviam com o movimento, fraqueza e problemas digestivos.

Diagnostico:

O diagnóstico da AR pode ser um desafio. Habitualmente esta doença tem um início gradual com sintomas subtis que podem incluir: aumento de temperatura, inchaço e dor nas articulações e fadiga.

O doente deve ser avaliado por um médico com experiência e conhecimentos para diagnosticar e tratar adequadamentea doença.

Não existe um exame único para confirmar o diagnóstico; este só é definitivo quando o médico conjuga os sinais e sintomas encontrados no exame físico com o resultado dos exames de laboratório e das radiografias.

Exames laboratoriais que os médicos especialistas solicitam habitualmente:

  • Velocidade de sedimentação (VS): É um exame que mede a rapidez com que os glóbulos vermelhos descem num tubo de vidro com sangue durante uma hora. A VS é um indicador de inflamação e pode aumentar por diversas razões, entre elas a AR.
  • Proteína C reactiva (PCR): Consiste na detecção de uma proteína do sangue que é produzida no fígado e que aumenta quando há inflamação importante, como na AR. Também pode aumentar em caso de infecções, enfarte, traumatismo e outras doenças reumatológicas.
  • Factor reumatóide (FR): O FR é um auto-anticorpo (anticorpo dirigido contra o próprio organismo) que se identifica através de uma análise de sangue. Quando presente juntamente com os achados clínicos típicos, indica um possível diagnóstico de AR.

Fatores de risco

Género – as mulheres são frequentemente mais afectadas (quatro mulheres para um homem);

Idade – é, sobretudo, uma doença dos adultos jovens e das mulheres pós-menopáusicas;

Historial de doença e vacinação – esporadicamente, surgem casos de artrite depois de infecções por parvovírus e vírus da rubéola ou vacinações para a rubéola, tétano, hepatite B e influenza.

Quais são as formas de prevenção?

Entre os factores de protecção sugeridos destacam-se a gravidez, o uso de contraceptivos orais e a ingestão moderada de álcool.

O diagnóstico precoce é fundamental, uma vez que esta doença, diagnosticada nos primeiros três a seis meses do seu curso clínico e tratada correctamente, tem grandes probabilidades de não evoluir para a incapacidade funcional para o trabalho, diminuir a comorbilidade e não reduzir a esperança média de vida.

Não podemos evitar o surgimento da doença. A prevenção destina-se, fundamentalmente, a diminuir a gravidade da doença, de forma a reduzir a incapacidade funcional e a melhorar a qualidade de vida.

Tratamento:

Ainda não existe um tratamento que possa curar, definitivamente, a artrite reumatóide (AR). No entanto, existem tratamentos que melhoram a capacidade de executar as actividades diárias e o bem-estar dos doentes, por meio da redução da inflamação, alívio da dor e redução dos danos articulares.

Estes tratamentos vão desde simples medidas de alívio dos sintomas e terapias não medicamentosas até ao uso de fármacos com mecanismos de acção complexos.

Todas estas medidas, actuando em conjunto, podem proporcionar ao doente com AR uma melhor qualidade de vida, com menos limitações e mais autonomia.

Com os tratamentos disponíveis, a remissão da doença (ou seja, um estado em que o doente com AR possa viver a sua vida com normalidade, idêntica à que tinha antes de lhe ser diagnosticada a doença) deve ser o objectivo do tratamento da artrite reumatóide.

Nota: A osteopatia é aconselhada como forma de prevenção e melhoria da qualidade de vida do paciente.

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